Cinco pessoas são indiciadas por morte de aluna em academia de Caxias do Sul 3y2159
Polícia Civil aponta falhas na construção e fiscalização como causas do acidente que vitimou Denise de Oliveira, 45 anos 86n25
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da aluna Denise de Oliveira, 45 anos, que caiu do segundo andar de uma academia em Caxias do Sul (RS) em abril deste ano. Cinco pessoas foram indiciadas por homicídio culposo (sem intenção de matar): 4336t
Proprietário da academia Motivida
Arquiteto responsável pelo projeto e execução da obra
Três servidores públicos (envolvidos na concessão de alvarás)
Falhas estruturais foram decisivas
Segundo o delegado Edinei Albarello, a perícia técnica identificou duas falhas cruciais:
Vidro inadequado: Instalado com apenas 4 mm de espessura, abaixo do padrão de segurança
Posicionamento do equipamento: O aparelho "graviton" estava a apenas 70 cm da janela, distância insuficiente
"Quando a vítima se desequilibrou, foi projetada diretamente contra o vidro, que se rompeu", explicou o delegado. A queda ocorreu durante um exercício que utiliza o peso do próprio corpo.
Repercussão e próximos os
A defesa da academia, em nota, classificou o indiciamento do proprietário como "precipitado" e "sem lastro técnico", alegando que não houve negligência em sua gestão. Já o sobrinho da vítima, Guilherme Oliveira, 25 anos, emocionou-se ao relembrar a tia que o criou: "Era a pessoa mais especial do mundo pra mim".
O caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia contra os indiciados. Exames toxicológicos da vítima ainda estão pendentes.
O acidente reacendeu discussões sobre segurança em espaços esportivos e responsabilidade técnica em projetos arquitetônicos. A academia continua em funcionamento, mas a família da vítima avalia medidas judiciais.