'Ágora flutuante' será pavilhão da Itália na COP30 de Belém k22s
'Projeto se integra com Amazônia', disse arquiteto Carlo Ratti 1p291o
"Uma ponte entre ado e presente, entre civilização e natureza. Uma plataforma de baixo impacto para o diálogo sobre o clima." Estes são os conceitos que fundamentam a AquaPraça, uma praça cultural flutuante projetada pelos estúdios de arquitetura Carlo Ratti Associati e Höweler + Yoon para ser o pavilhão da Itália na COP30, em Belém. m1o5b
"Uma ágora de caráter único, que será o elemento central do Pavilhão Itália na COP30, em Belém, de 10 a 21 de novembro, e que terá uma segunda vida após a conferência internacional, integrando-se à paisagem da cidade às portas da Amazônia", explica Ratti em entrevista à ANSA.
O arquiteto acaba de retornar do Brasil, onde, durante uma visita técnica, acertou com as autoridades locais a logística da AquaPraça, que, durante a cúpula climática, "ocupará um espaço em frente ao centro cultural Casa das Onze Janelas, coração pulsante da cidade".
Completando o pavilhão italiano, "haverá também a TerraPraça", diz Ratti, atualmente em fase de definição. A plataforma flutuante, feita em aço, "se adaptará às mudanças do nível do mar graças a tecnologias de submarinos e explorando o princípio de Arquimedes", explica Ratti.
Projeto é assinado pelo arquiteto Carlo Ratti"Retendo e liberando água, a AquaPraça se recalibra constantemente, permitindo que o público experimente as flutuações dinâmicas do aumento do nível do mar na altura humana, criando novas perspectivas sobre os sistemas naturais e urbanos", afirma.
O projeto, com uma área de mais de 400 metros quadrados, "recorta um espaço público do mar, criando um diálogo físico entre construção e natureza, com capacidade para 150 pessoas em exposições, workshops, simpósios e eventos culturais", comenta o arquiteto.
A obra está sendo construída no nordeste da Itália pela Cimolai, empresa líder em estruturas de aço, e será apresentada na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza em 4 de setembro de 2025, antes de iniciar sua viagem pelo Atlântico.
"A infraestrutura foi viabilizada por uma coalizão público-privada internacional única em seu gênero", conclui Ratti. Lançada em colaboração com os ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente da Itália, conta também com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da Bloomberg Philanthropies, do programa Connect4Climate do Banco Mundial e do Centro Internacional para Estudos Agronômicos Avançados Mediterrâneos (Ciheam) de Bari.