Flamengo pode prejudicar ainda mais a situação de Bruno Henrique 5n415o
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) decidiu seguir com rigor na denúncia contra Bruno Henrique, atacante do Flamengo, rejeitando qualquer possibilidade de acordo judicial no caso envolvendo suspeita de manipulação de apostas. O jogador foi formalmente acusado de estelionato e fraude a evento esportivo por, supostamente, forçar um cartão amarelo na partida contra o […] 524d26
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) decidiu seguir com rigor na denúncia contra Bruno Henrique, atacante do Flamengo, rejeitando qualquer possibilidade de acordo judicial no caso envolvendo suspeita de manipulação de apostas. O jogador foi formalmente acusado de estelionato e fraude a evento esportivo por, supostamente, forçar um cartão amarelo na partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Segundo a denúncia, a ação teria sido combinada com seu irmão, Juninho, e reada a outros apostadores. 504q73
O histórico jurídico do atleta teve peso na decisão. Bruno Henrique já havia fechado um acordo com a Justiça do Rio de Janeiro em 2020 para encerrar um processo por uso de documento falso, relacionado a uma carteira de motorista. Esse fator, conforme o MP, impossibilitou a proposição de uma nova negociação no caso atual. Juninho, citado como o responsável por disseminar a informação sobre o cartão amarelo, também não recebeu qualquer proposta de acordo.
O Ministério Público apontou que a postura adotada neste caso tem como objetivo, além do aspecto jurídico, preservar a imagem pública da justiça. O entendimento é de que uma eventual decisão branda poderia servir de estímulo para novos crimes no universo das apostas esportivas. "Qualquer sinal que soe como benevolente pode servir como convite para prática de jogos de azar", diz um trecho da denúncia.
A acusação também destacou o alcance e a representatividade de Bruno Henrique. "É atleta de expressão nacional, jogador do clube de maior torcida do país", afirmou o MP, acrescentando que o atacante é visto como exemplo por muitos torcedores, inclusive crianças. Essa posição de destaque, segundo a promotoria, exigiria uma resposta proporcional da Justiça, a fim de evitar a naturalização de fraudes esportivas.
Além da denúncia criminal, o MP solicitou que Bruno Henrique pague R$ 2 milhões por danos morais coletivos. A quantia, segundo a promotoria, buscaria reparar a credibilidade atingida do esporte diante do público. A alegação é de que o atacante teria se aproveitado de sua visibilidade para colaborar com práticas ilícitas, ferindo a confiança da torcida e das instituições que regulam o futebol.
Em contrapartida, apenas um dos envolvidos no esquema aceitou o acordo proposto pelo Ministério Público: Douglas Ribeiro Pina Barcelos. Ele itiu ter apostado R$ 350 na ocorrência de um cartão amarelo para Bruno Henrique, o que poderia render R$ 1.050. Douglas confessou sua participação e se comprometeu a colaborar com as investigações.
Apesar da gravidade das acusações, Bruno Henrique segue em atividade. O atacante embarcou com o elenco do Flamengo para os Estados Unidos, onde o clube disputa o Mundial de Clubes. No âmbito esportivo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ainda analisa os documentos recebidos antes de decidir se abrirá um processo formal contra o jogador. Enquanto isso, a denúncia na Justiça comum aguarda aceite por parte do Tribunal de Justiça do Distrito Federal para que o atleta se torne réu oficialmente.